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Urbanização em áreas de risco para desastres climáticos triplica no Brasil em quase 40 anos, aponta MapBiomas

O estudo do MapBiomas mostra que, atualmente, 3% da área urbana total do país estão em regiões de risco

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Urbanização em áreas de risco para desastres climáticos triplica no Brasil em quase 40 anos, aponta MapBiomas
 

Urbanização em áreas de risco para desastres climáticos triplica no Brasil em quase 40 anos, aponta MapBiomas

Em 38 anos, a urbanização em áreas de risco de desastres climáticos triplicou no país, aponta um levantamento do MapBiomas. Os pesquisadores descobriram que a urbanização em áreas de risco aumentou 2,8 vezes. Especificamente nas favelas, o crescimento foi de 3,4 vezes.

Atualmente, 3% da área urbana total do país – 123 mil hectares – estão em regiões de risco. Nas favelas, o percentual é muito maior: 18%.

"Essas áreas precárias, as favelas, em geral, elas têm uma correlação, elas ocupam mais as áreas de risco e a gente tem que refletir sobre quais são os motivos que levam as pessoas que moram nessas áreas a ocupar situações de risco”, disse Julio Pedrassoli, professor da Universidade Federal da Bahia e coordenador do MapBiomas.

Segundo o professor, a ocupação dessas regiões nas favelas acontece devido ao menor valor dos terrenos.

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“Em geral, não é por opção, mas por falta de opção. São os terrenos que eles têm menor valor. Então, se tem um terreno que você sabe, pode inundar, e um terreno que você sabe que pode desabar, ele não tem valor pro mercado imobiliário, é o que sobra para ocupação de uma boa parcela da população brasileira", acrescentou.

A ocupação perto dos leitos dos rios, que podem transbordar com chuvas fortes, triplicou neste período – 425 mil hectares. As ocupações que ficam em morros com possibilidade de deslizamentos, quintuplicaram – 8,6 mil hectares para 45 mil.

Vista da favela de Turano, no Rio de Janeiro. — Foto: Sergio Moraes/Reuters

Vista da favela de Turano, no Rio de Janeiro. — Foto: Sergio Moraes/Reuters

O levantamento também contabilizou a quantidade de desastres ambientais. Só nas últimas três décadas, eles aumentaram mais de cinco vezes.

 

 

"Então é importante olhar para esses dados na perspectiva que nós estamos vendo, de aumento na intensidade desses eventos, e são áreas que a gente tem que monitorar, tem que tomar cuidado com o que já existe lá, mas também olhar para elas e impedir que novas ocupações, que vão representar perigo para as pessoas", acrescentou Julio.

Ainda conforme o pesquisador, o estudo pode ser usado para criação de políticas nacionais, mas também por municípios para orientar a elaboração de planos de redução de riscos.

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