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Sete anos após acidente com voo da Chapecoense, famílias seguem em busca de indenização de R$ 4,1 bilhões

Defesa tenta que seguradora pague os valores decididos pela Justiça

Sete anos após acidente com voo da Chapecoense, famílias seguem em busca de indenização de R$ 4,1 bilhões
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Por Joana Caldas, g1 SC

 

 
 

Flores colocadas no gramado da Arena Condá em 29 de novembro — Foto: Alessandra Seidel/ACF

Flores colocadas no gramado da Arena Condá em 29 de novembro — Foto: Alessandra Seidel/ACF

Sete anos após o acidente com o voo da Chapecoense, que matou 71 pessoas nas proximidades de Medellín, na Colômbia, famílias das vítimas seguem na busca por indenização. O advogado Marcel Camilo, que representa nove delas, diz que houve uma decisão judicial para o pagamento de U$ 844 milhões, o equivalente a mais de R$ 4,1 bilhões, mas que o valor ainda não foi pago.

O g1 entrou em contato com a Tokio Marine Klin, que é ré no processo, e não havia obtido retorno até a última atualização desta reportagem.

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ação que resultou na indenização de US$ 844 milhões corre em Miami, no Estados UnidosA decisão é de 2020.

Como a companhia aérea envolvida no acidente, a LaMia, negociou a compra do combustível e o seguro do voo na cidade americana, o processo foi aberto na Justiça desse local. Houve um acordo entre a empresa aérea e as famílias das vítimas, que resultou na indenização.

Homenagens às vítimas do acidente da Chapecoense — Foto: Andrielli Zambonin/NSC

Homenagens às vítimas do acidente da Chapecoense — Foto: Andrielli Zambonin/NSC

Porém, o valor ainda não foi pago. O advogado Marcel Camilo diz que o processo está na fase de cobrança, em que a defesa das famílias tentam que as seguradoras paguem a indenização. "Estamos cobrando o acordo homologado", resume.

No passado, outras famílias já receberam indenizações de um fundo humanitário ligado à seguradora, conforme o advogado. "Quem recebeu, teve que abrir mão dos processos [judiciais]. Houve também as ações trabalhistas da Chapecoense. A própria Chapecoense quem pagou", diz o advogado.

A ré do processo é a Tokio Marine, junto com outras 11 resseguradoras.

Neto participou de protesto em Londres junto com viúvas de atletas que morreram no acidente — Foto: Reprodução/Redes sociais

Neto participou de protesto em Londres junto com viúvas de atletas que morreram no acidente — Foto: Reprodução/Redes sociais

O ex-jogador da Chapecoense Neto, que sobreviveu à queda do avião, é um dos que busca a indenização.

"Depois de sete anos de que um acidente aconteceu, a gente vai ver a nossa luta como uma luta contínua. Em relação aos processos jurídicos de forma geral, a gente luta para que todas as famílias, de alguma forma, tenham um alívio da sua dor. A dor vai permanecer porque nada substituiu a vida. A gente sabe que tudo é muito demorado, o pagamento das indenizações em meio a tudo que aconteceu", disse.

 

O que aconteceu no dia do acidente?

 

Em 29 de novembro de 2016, o avião que levava a delegação da Chapecoense para a partida de ida da final da Copa Sul-Americana, na Colômbia, caiu nas proximidades de Medellín. A aeronave transportava jogadores, comissão técnica, dirigentes e jornalistas.

Em 2018, a Aeronáutica Civil da Colômbia concluiu a investigação e confirmou que o combustível do avião era insuficiente para o voo entre Santa Cruz, na Bolívia, e a Colômbia. O acidente ocorreu por esgotamento de combustível como consequência da falta de gestão de risco apropriada pela LaMia. Sem o combustível, os motores pararam de funcionar, e o avião planou até cair.

Acidente com avião da Chapecoense — Foto: Alexandre Mauro e Wagner M. Paula/G1

Acidente com avião da Chapecoense — Foto: Alexandre Mauro e Wagner M. Paula/G1

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