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Em declaração conjunta, Brasil concorda com ideia colombiana de plebiscito na Venezuela antes das eleições

Medida foi sugerida pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, ao presidente venezuelano, Nicolas Maduro, na semana passada

Em declaração conjunta, Brasil concorda com ideia colombiana de plebiscito na Venezuela antes das eleições
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Por Ricardo Abreu, g1 e TV Globo — Brasília

 

 
 
 
 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concordou com a proposta do presidente colombiano, Gustavo Petro, para que a Venezuela realize um plebiscito antes das eleições presidenciais no país, marcadas para o dia 28 de julho. O assunto foi debatido nesta quarta-feira (17), durante agenda do presidente brasileiro no país vizinho.

O plebiscito, com votação popular, traria a garantia de que quem vencesse a eleição — fosse governo ou oposição — não perseguiria o adversário derrotado. A ideia foi, inicialmente, apresentada por Petro para Nicolás Maduro, candidato à reeleição, e para Manuel Rosales, candidato da oposição. Petro visitou a capital da Venezuela, Caracas, na semana passada.

Segundo fontes ouvidas pela TV Globo, no encontro bilateral desta quarta, Petro conversou sobre a tese do plebiscito com Lula, que concordou. A proposta foi incluída como ponto 28 da declaração conjunta dos dois presidentes, divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE).

 

 

 

A declaração diz que Brasil e Colômbia “exortaram o governo e os setores de oposição a considerar a possibilidade de chegar a um acordo de garantias democráticas que possa ser referendado nas urnas”. Durante coletiva de imprensa, Gustavo Petro disse que apresentou a proposta a Lula, que não comentou o assunto.

O comunicado citou também a importância do Acordo de Barbados, mediado pela Noruega e que contou com a participação brasileira, em busca de um processo eleitoral limpo no país vizinho.

Em março, o MRE divulgou uma nota dizendo que o Brasil acompanha com "expectativa e preocupação" o processo eleitoral na Venezuela. E disse que o governo Maduro age de forma "não compatível" com o Acordo de Barbados.

Gustavo Petro, presidente colombiano, também criticou o andar do processo eleitoral da Venezuela.

A declaração conjunta ainda cita “repúdio a qualquer tipo de sanções que unicamente servem para aumentar o sofrimento do povo venezuelano”.

Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta a volta das sanções contra a Venezuela, que tornam ilegais negócios entre empresas americanas e a PDVSA, a petroleira estatal venezuelana. O Departamento de Estado americano declarou que o governo venezuelano impediu a candidatura de opositores nas eleições de 2024.

Fontes do Palácio do Planalto reforçaram que o governo já está ciente do retorno das sanções. A posição tradicional da diplomacia brasileira é a de somente encampar sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

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