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Dólar sobe e Ibovespa cai, em meio a temores sobre guerra no Oriente Médio; petróleo sobe 2%

No dia anterior, a moeda norte-americana registrou um recuo de 0,03%, cotada a R$ 5,0353. O principal índice acionário da B3 teve baixa de 0,54%, aos

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Por g1

 


Mercados operam com volatilidade nesta quarta-feira. — Foto: Pixabay

Mercados operam com volatilidade nesta quarta-feira. — Foto: Pixabay

O dólar opera em alta nesta quarta-feira (18), em meio às crescentes tensões no Oriente Médio, com a guerra entre Israel e o Hamas, que já chegou ao 12° dia.

Além das preocupações com o conflito, que tem feito o preço do petróleo avançar, investidores em todo o mundo também aguardam a divulgação do Livro Bege nos Estados Unidos, um relatório do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) que traz um panorama sobre como anda a economia do país.

Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera com forte queda, apesar da valorização de empresas exportadoras de petróleo.

Veja abaixo o dia nos mercados.

 

Dólar

 

Às 15h15, o dólar subia 0,18%, cotado a R$ 5,0446. Veja mais cotações.

Na véspera, a moeda norte-americana fechou o dia com baixa de 0,03%, vendida a R$ 5,0353, depois de subir bastante pela manhã. Com o resultado, a moeda passou a acumular:

 

  • queda de 1,05% na semana;
  • alta de 0,17% no mês;
  • recuo de 4,60% no ano.

 

 

 

Às 15h15, o Ibovespa caía 1,26%, aos 114.448 pontos.

No mesmo horário, as ações da Petrobras e PetroRio subiam todas cerca de 2%, acompanhando a valorização do petróleo. Porém, entre todos os outros setores da bolsa, a queda era generalizada, refletindo a maior aversão aos riscos que toma conta dos mercados.

No dia anterior, o índice fechou com baixa de 0,67%, aos 115.908 pontos. Com o resultado, passou a acumular:

 

  • alta de 0,13% na semana;
  • queda de 0,56% no mês;
  • ganhos de 5,63% no ano.

 

 

 

O que está mexendo com os mercados?

 

O que continua pesando forte sobre os negócios é a guerra entre Israel e Hamas. A maior preocupação, do ponto de vista financeiro, segundo analistas, é de que outros países da região — que é a mais importante exportadora de petróleo do mundo — se envolvam no conflito.

O petróleo Brent, contrato de referência global, atingiu US$ 93 por barril nesta quarta-feira, alta de mais de 2%, enquanto o risco de escalada do conflito no Oriente Médio ameaçava interromper o fornecimento de petróleo na região, após o Irã pedir a imposição de um embargo petrolífero a Israel.

Ontem, após um ataque a um hospital no sul da Faixa de Gaza que deixou centenas de mortos, inclusive várias crianças, autoridades da Palestina, Jordânia e Egito cancelaram um encontro com o presidente americano Joe Biden, que chegou ao Oriente Médio para tentar negociar soluções diplomáticas para a guerra. Outros países árabes também condenaram o ataque.

Agora, há uma guerra de narrativas sobre a autoria do bombardeio. Enquanto autoridades árabes o atribuem à Israel, o país afirma que o ataque foi realizado pela Jihad Islâmica. Neste contexto desafiador, as negociações diplomáticas andam com muita dificuldade, o que acaba refletindo no preço do petróleo.

Além da guerra, no cenário externo, investidores aguardam a divulgação do Livro Bege, que pode trazer mais sinais sobre os rumos dos juros nos Estados Unidos, e novos discursos de dirigentes do Fed.

Já no Brasil, a agenda econômica está mais fraca, com destaque apenas para novos números do comércio varejista. As vendas no varejo tiveram queda de 0,2% em agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Porém, no comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas recuou 1,3% em agosto.

De acordo com Maykon Douglas, analista de research da Highpar, o varejo ampliado tem apresentado um comportamento mais volátil, principalmente entre os automóveis, que foram impactados com as medidas do governo de descontos em veículos novos.

Em contrapartida, o especialista destaca que as vendas de hiper e supermercados apresentam crescimento resiliente nos últimos meses, "na esteira das deflações em alimentos, que elevam o poder de compra".

 

"Em resumo, apartando-se das surpresas na margem (especialmente nos serviços, que caíram forte em agosto), os dados corroboram o arrefecimento econômico daqui para o fim do ano, com balanço de oferta e demanda mais favorável a itens mais básicos em detrimento de bens duráveis. Nesse sentido, o varejo segue com desempenho acanhado e tende a se manter assim nos próximos meses", comenta.
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